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8º ano confere “Que horas ela volta?” no Cinedebate

No dia 19 de agosto, os alunos do 8º ano do Colégio Rio Branco assistiram ao aclamado filme “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert, na aula especial de Cinedebate, e realizaram um bate-papo sobre os principais temas abordados no filme. A trama, que conta a história da filha de uma empregada doméstica que decide visitar a mãe na casa dos seus patrões, foi escolhida para ilustrar o projeto multidisciplinar dos alunos, cujo tema é “Os (in)visíveis da cidade: análise e intervenções”. “Por meio da narrativa de Val e Jéssica, o filme de Ana Muylaert cumpriu a função de nos dar indícios da existência de diferentes perspectivas sobre realidades brasileiras que estão aqui, próximas a nós diariamente, mas que não necessariamente vemos e compreendemos”, discorre a professora de português Geovana Santos.

Logo após a exibição do filme, os professores Geovana Santos e André Nalin iniciaram uma discussão com os alunos a respeito de suas perspectivas e questionamentos sobre a película. Um dos principais pontos levantados por Nalin foi o da meritocracia e a diferença da rotina de quem possui tempo livre disponível e quem possui o dia inteiro ocupado basicamente pelo trabalho. “Ao mostrar que dois jovens de diferentes classes sociais e oportunidades não conseguem disputar lealmente por vagas em universidades de ponta ou mesmo melhores empregos, construímos um paralelo com a trama de Jéssica e Fabinho no filme, e podemos pensar no modo em que nossa sociedade opera em tantos âmbitos”, pondera o professor.

A coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental II, Cintia Capellato, conta que o projeto surgiu a partir de um planejamento com todos os professores de 8º ano, que selecionaram temas importantes para a série, como a urbanização e o surgimento das cidades. “Realizamos esse debate pois, pensamos que é fundamental que o aluno entenda o que há a sua volta, desconstrua esteriótipos e faça seus próprios julgamentos daquilo que vê. Às vezes estamos vivendo tão próximos de uma realidade, que acabamos desconhecendo o que há por trás dela”, explica Cintia.

Como disparador do projeto, o vídeo “O perigo de uma única história”, extraído de uma palestra no TED da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie foi exibido para as turmas. Segundo as educadoras Geovana e Thaisa Aluani, professora de matemática, a escolha do vídeo surgiu como ferramenta para auxiliar no objetivo principal desse estudo do meio: sensibilizar os alunos para aquilo que enxergamos, mas que não (necessariamente) vemos. “O vídeo, como o título adianta, revela o quão preocupante é reduzir as histórias que nos circundam a uma única perspectiva. Por história, entendemos tanto aquela aprendida na escola, quanto a que cada indivíduo possui. Neste sentido, a fala da autora nigeriana é tocante, posto que reveladora: ela nos mostra a necessidade de se pensar na história do outro, seja este uma nação, ou uma pessoa, a fim de destruir os estereótipos que nos são passados. Ao apresentarmos o vídeo e o filme para os alunos, pretendemos criar meios que os induzam a estabelecer relações por conta própria, processo o qual entendemos como desenvolvimento da criticidade, traço indispensável para a expansão da empatia”, completam as professoras.

O projeto se estenderá até o final do ano, com diversas atividades, incluindo a saída pedagógica, apresentações dos alunos e trabalhos multidisciplinares.

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