Nas aulas de Ciências, os alunos estudaram sobre a Terra e o Universo e, ao longo desse percurso, foram apresentados a cientistas que contribuíram significativamente para a exploração espacial. Um dos destaques do livro didático, na seção Ciência em Contexto, foi justamente a atuação de cientistas negras que trabalharam na NASA e tiveram papel fundamental para que os Estados Unidos colocassem o primeiro homem no espaço.
A partir desse conteúdo, as professoras ampliaram o repertório dos alunos trazendo mais informações sobre essas cientistas e promovendo a exibição de trechos do filme Estrelas Além do Tempo. Em sala, as turmas refletiram sobre os desafios enfrentados por essas mulheres e sobre o quanto precisaram lutar para que seu trabalho fosse valorizado em um ambiente marcado por preconceitos.
Foi a partir dessa base, construída nas aulas de Ciências, que a professora Lígia desenvolveu sua proposta em Inglês, retomando a discussão do tema com as crianças. Os alunos reassistiram a trechos do filme e deram início a uma discussão conduzida pela professora. Como já haviam tido contato com a história em português, a compreensão em inglês foi facilitada, permitindo que o foco estivesse no desenvolvimento de vocabulário e na construção coletiva de sentido: “A atividade foi muito rica. Os alunos perceberam o impacto dessas mulheres na história e refletiram sobre suas lutas”, contou Lígia.
Na etapa final da atividade, cada grupo escolheu uma das cientistas retratadas no filme para representá-las em um painel. Por meio de uma breve pesquisa, realizada em inglês, os estudantes produziram um texto em inglês contando quem foi aquela mulher, quando nasceu e qual foi sua contribuição para a história. Para complementar o texto, criaram um retrato ilustrado da personagem com três elementos simbólicos retirados de sua trajetória, como a bandeira dos Estados Unidos, a Lua, fórmulas matemáticas ou computadores.A professora compartilhou como o trabalho visual também abriu espaço para discussões importantes: “Muitos alunos questionaram o termo dado a elas no livro: “computadores humanos”, dizendo que essas mulheres vão muito além disso, que são fortes, inteligentes e humanas, com sentimentos. A conversa levou à reflexão sobre como, muitas vezes, o ser humano é tratado como máquina, sem reconhecimento emocional, e como isso também foi vivido por essas mulheres.”.
Confira o painel que expôs o trabalho dos alunos no corredor do Ensino Fundamental Anos Iniciais: