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Ong Save The Frogs! traz exposição sobre anfíbios

No dia 27 de abril, o Colégio Rio Branco Campinas foi palco de um evento especial da Ong Save The Frogs!, em parceria com o Laboratório de História Natural de Anfíbios Brasileiros (LaHNAB) da Unicamp. O Rio Branco é a primeira escola particular do país a receber esse evento, cujas atividades foram direcionadas aos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental I e monitoradas por alunos do LaHNAB.

A ação tem como propósito chamar a atenção para a importância dos anfíbios, e a necessidade de conscientização para a conservação deste grupo de animais, atualmente considerados como os mais ameaçados do planeta. Foram exibidos terrários de sapos, rãs e pererecas, exemplares mantidos no museu da Unicamp para análise da pele e morfologia, além de pequenas palestras com informações sobre habitat e canto de cada espécie, tudo por meio de recursos visuais como imagens e vídeos.

Dr. Kerry Kriger, fundador e diretor executivo da Save The Frogs!, contou que a Ong foi fundada em 2008 após constatação de que não existiam organizações dedicadas exclusivamente para a causa dos anfíbios. “Durante minha pesquisa de doutorado, percebi que ações voltadas para a preservação desses animais só aconteciam dentro dos muros das universidades. Por isso decidi fundar a Ong, para certificar que as informações fossem disseminadas para além da comunidade científica”, afirmou Kriger. Quase dez anos depois, o ecologista é reconhecido mundialmente pela luta em defesa dos anfíbios e coordena campanhas para a inclusão da proteção desses animais na legislação de diferentes comunidades, cidades, estados e países, tendo realizado mais de 1.800 eventos educacionais em 62 países.

De acordo com Kriger, o Brasil possui a maior biodiversidade de anfíbios, com mais de mil animais já catalogados, e provavelmente muitos ainda a serem descobertos e identificados. “Sempre tive vontade de vir ao Brasil para falar sobre esse assunto, vide a importância do país para as espécies desse grupo. Há muitas ameaças aos anfíbios devido a destruição das florestas tropicais, doenças como a quitridiomicose, pesticidas, crescimento populacional, para citar somente alguns fatores, e precisamos divulgar essas informações às pessoas”, assegura o ecologista.

Carolina Lambertini, bióloga e aluna de doutorado do departamento de Biologia da Unicamp, participou das atividades de monitoramento e orientação das turmas de 3º ano, esclarecendo as dúvidas dos alunos do colégio e contando curiosidades sobre os animais. “Nossa intenção é plantar a sementinha nas crianças de como podemos reverter esse quadro e proteger os anfíbios. Eles são muito importantes, pois ajudam com o controle biológico de mosquitos que transmitem doenças, são indicadores de poluição ambiental, os venenos de algumas espécies são usado na pesquisa e fabricação de medicamentos, entre outros benefícios”, relatou Carolina.

“Quando temos crianças que recebem esse tipo de informação e educação desde cedo, elas crescem cientes da importância de preservar o meio ambiente, e esperamos que, futuramente, elas sigam fazendo coisas benéficas para ajudar a salvar o planeta, disseminando a mensagem que passamos aqui. Quem sabe, até escolham carreiras relacionadas à proteção do meio ambiente”, disse Kriger, esperançoso.

Milena Lacerda Ostanelli, aluna do 3º ano D, adorou a experiência e contou um pouco do que aprendeu na ocasião. “Eles mostraram porque os sapos estão em extinção, a patinha da perereca que é diferente dos outros anfíbios”. “Gostei do vídeo que eles passaram lá, de aprender sobre os cantos dos sapos. Até dei um beijinho no sapo de mentira para tirar a foto”, disse Stella Maris Alboccino Catalano, do 3º ano F.

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