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Projeto Arte Urbana contextualiza sobre o grafite

Para agregar informação e conhecimento ao projeto interdisciplinar “Arte Urbana”, os alunos do 9º ano assistiram à uma palestra do professor de história da arte Marcelo Hilsdorf Marotta, no último dia 4 de maio. Na ocasião, ele discorreu sobre as origens do grafite e da pixação, como se caracteriza o fenômeno dessa arte hoje em dia, sua expansão nos últimos anos em várias partes do mundo e o sucesso das manifestações artísticas, sempre conectando seus conceitos com a arte moderna e contemporânea.

“Convidamos o professor Marcelo para falar com os alunos com o intuito de contextualizar a teoria que envolve a arte de rua, desvinculando a suposição de que não existe propósito para essa manifestação, que ela surge sem intenção e fundamentação”, pontua Cintia Patrick Capellato, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental II.

Segundo Marcelo, o conteúdo que o grafite e a pixação mostram hoje engloba questões que a história da arte tem proposto e apresentado já há muito tempo, como o questionamento do conceito de beleza, além de como o contexto histórico, político, ético, religioso, econômico e social pode influenciar o trabalho dos artistas. Concomitantemente à teoria, o professor usou vários exemplos de obras de grafiteiros e pixadores renomados mundialmente, como Bansky e Os Gêmeos, com um retrospecto das influências artísticas desse movimento, para enriquecer ainda mais sua apresentação.

“A discussão da arte urbana é a mais urgente e contemporânea no meio em que ela se insere, com muitas questões interessantes e pertinentes a serem debatidas, pois ela ainda causa muita incompreensão nas pessoas. Expressões que vemos no grafite e na pixação são práticas artísticas de mais de 200 anos, que a história já cansou de recolocar em suas discussões, mas a sensação que temos é que as pessoas ainda não escutaram e entenderam essas mensagens”, afirma Marcelo.

O professor ainda explica que o grafite e a pixação servem para contrabalançar opiniões e atitudes, chamando a atenção de forma a incomodar a sociedade para questões que podem passar despercebidas no nosso cotidiano. “As pessoas muitas vezes olham para o grafite e para a pixação e acham certas coisas absurdas, impensáveis, não entendem o propósito dessa arte. Muitos artistas ainda sofrem preconceito e querem se tornar bons profissionais, mas não são reconhecidos”, coloca Marcelo.

A aluna Giulia Sacardo Nigro, do 9º ano D, concorda com o palestrante. Ela morou por muito tempo em São Paulo, portanto estava constantemente exposta à arte urbana e seus grafites. “Com o início desse projeto do colégio, e toda a polêmica de apagar os grafites em São Paulo, fico muito triste e me pergunto o porquê dessa atitude da prefeitura. A cidade não pode ficar cinza”, reflete a adolescente.

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