Participar do concurso “EPTV na Escola” já é uma tradição do 9º ano do Colégio Rio Branco Campinas. A iniciativa movimenta as aulas de Redação no segundo trimestre, estimulando os alunos a refletirem e escreverem sobre temas relacionados ao exercício da cidadania. A orientação do trabalho é da professora Geovana Luzia Limpo dos Santos, e os autores dos 10 melhores textos, juntamente com seus orientadores, são premiados. Além disso, os 30 alunos melhor classificados terão a chance de conhecer a redação e estúdio da emissora em Campinas, podendo tirar dúvidas sobre como são produzidos os telejornais regionais. A melhor redação será tema de uma matéria da emissora.
A coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental II, Cintia Patrick Capellato, afirma que o “EPTV na Escola” é um concurso democrático, que permite que o aluno desenvolva textos de acordo com suas habilidades sem exigências específicas de formato, resultando em uma diversidade de produções. “Nos últimos anos, sempre tivemos representantes na fase da visita à emissora, que permite o convívio com os jornalistas e uma troca de ideias muito bacana. É um momento de conhecimento da profissão de um jornalista, o dia a dia de um telejornal, como funciona o recebimento e apuração de uma notícia, a elaboração de pautas. É uma experiência muito rica”, completa Cintia.
O tema deste ano é “Se esta rua, se esta rua fosse minha’… Por quê? Não é?”, e a partir desta informação, a professora Geovana iniciou as indagações sobre o papel do indivíduo no âmbito coletivo. “Discutimos também sobre a questão da posse e o que torna algo seu, e depois inserimos o conceito de público. Ao falar sobre cidadania, abrangemos os direitos e deveres de cada indivíduo pertencente a uma sociedade, e que embora tenhamos nossos desejos pessoais, isso entra em conflito quando se encontra com o espaço do outro”, explica.
Para dar mais embasamento ao assunto, as turmas assistiram a um documentário sobre outras perspectivas da ocupação de rua envolvendo cultura, lazer e esportes, e em mais uma etapa da preparação para o concurso, eles também analisaram os cinco melhores textos do concurso de 2016 e partir daí decidiram qual o gênero mais adequado para a redação. “Optamos por algo mais fluido devido à argumentação do próprio tema, e chegamos à crônica argumentativa. Esse gênero dá espaço para a criatividade dos alunos, e auxilia a reflexão cidadã, partindo do seu conhecimento de mundo e expandindo para sua relação com os outros na sociedade”, justifica a educadora.
A empolgação dos estudantes durante as pesquisas e preparação da redação do concurso é perceptível para todos os envolvidos. “Eles se envolvem muito durante o processo de elaboração da redação, não existe um clima de competição, mas sim de colaboração, de incentivo, de trabalho em grupo em algumas etapas, sempre na intenção de aprimorar os trabalhos de todos”, conta a coordenadora Cintia. Geovana ainda ressalta a importância de se fazer um trabalho contínuo e sólido em sala de aula, exaltando a qualidade da proposta pedagógica de Redação que o Rio Branco oferece a seus alunos. “A base para os tipos textuais é amplamente discutida e ensinada durante o Fundamental II para que depois isso seja trabalhado com maior profundidade do Ensino Médio, englobando todos os gêneros de discurso e a importância de cada um nos diferentes suportes e interlocutores. Com essas prerrogativas, eles obtêm uma boa performance em qualquer avaliação de ingresso em universidade”, afirma Geovana.